"E seguiu em frente. As lembranças estavam todas reunidas na mala, e eram muitas. A saudade maltratava e foi difícil. A tão esperada vida nova assustava o coração idoso daquela menina-mulher. Ela nunca aprendeu a dizer adeus, e não seria agora que iria aprender, por isso não disse. Despedidas não eram o seu ponto forte, e que bom que não. Por isso, ela trocou o ar pesado do “adeus” por um leve “até breve”. A vida nova estava diante dos seus olhos e dava medo… mas era necessário. E continuou seguindo em frente. De cabeça erguida, lábios vermelhos e cabelos negros ao vento. Era forte, mas é humana - e daquelas masoquistas -revirava as lembranças cutucando a saudade que a fazia pensar em um suposto retorno, mas não, a certeza de que coisas boas acabam para que melhores coisas aconteçam era maior do que a saudade que a torturava… E seguiu em frente."
Nenhum comentário:
Postar um comentário