terça-feira, 8 de maio de 2012

Corpo feminino: Uma arma publicitária?


O corpo feminino (que perpassa por uma série de exigências estéticas para se aproximar ao máximo do que é considerado ideal para determinado público) tem sido um dos produtos mais oferecidos pela publicidade, e com grande sucesso. De forma abusiva as propagandas em comerciais de TV se beneficiam da imagem feminina para atrair o público masculino que em determinados produtos é o alvo lucrativo. Esse mecanismo é utilizado desde os primórdios da publicidade - porque é fato que as pessoas são influenciadas por ela - e evidenciado na década de 2000 onde o apelo sexual é uma ferramenta altamente utilizada em propagandas, principalmente de cervejas e de automóveis.

Mulheres seminuas associadas a marcas diversas estampam os comerciais em horários distintos da programação televisiva brasileira. Além das participações de mulheres consideradas lindas sob um padrão estético de beleza, o público alvo entre esses comerciais são pontos que se assemelham. Essa “carta na manga” da publicidade é disseminada pelo mundo inteiro, e, o Brasil sofreu grande influência do uso sexual nas propagandas dos Estados Unidos que são usados ​​com frequência e com clareza cada vez maior.

É fato que a propaganda é a alma do negócio. Também é fato que a publicidade é o meio para alcançar o fim tão desejado pelas empresas: obter lucro! Uma determinada empresa lança um produto novo no mercado e até então ele é desconhecido para os consumidores de plantão, é aí que a publicidade entra em campo: é ela a responsável em tornar o produto em questão útil e desejável por todos, é ela quem vai fazer com que o consumidor tenha a necessidade de adquiri-lo e tudo isso de forma, nem sempre, sutil.

É nesse jogo de “vale tudo” da publicidade que o corpo feminino é associado a marcas variadas para atrair olhares dos futuros consumidores. Seria inocência pensar que, é apenas uma mulher bonita estrelando um comercial na TV porque não é bem assim, existe todo um porque por trás da jogada de marketing. Analisemos a questão usando como exemplo um comercial de uma cerveja qualquer: Cerveja é cerveja, independente da sua marca ela sempre vai ser a bebida social do domingo à tarde, até aí não há nenhuma novidade. Mas, o que vai tornar mais atrativo no comercial é a mulher de shortinho e top que, provavelmente, estará ao lado de um cantor famoso. É esse o “boom” dos comerciais.

Essa descoberta altamente lucrativa deu tão certo que atualmente é muito difícil não haver em um comercial a figura feminina atrelada a ele. A merchandising em volta do corpo feminino como apelo sexual para o gênero oposto é fortíssima e cada vez mais utilizada, afinal, na era da aparência resta alguma dúvida de que a exibição do corpo feminino é uma jogada com gol garantido?

OBS.: Texto da faculdade para a matéria de Práticas Investigativas Interdiciplinares I.

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