Ela era diferente, não costumava desabafar com as amigas e
nem bebia pra esquecer os problemas. Ela
desabafava escrevendo. Seus porres eram literários. Ela tinha uma coleção de
livros e eram com eles as suas viagens mais gostosas. Ela lia e se identificava
com tudo o que havia nas linhas e nas entre-linhas. Certa vez uma frase chamou
mais atenção do que as outras porque talvez nela estivesse a solução dos seus problemas
pseudo-amorosos: “O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do
jardim para que elas venham até você.”.
Sábio Mario Quintana, ela pensou. Aquela frase marcou a
ponto de perturbar sua mente durante uns três ou quatro dias e ela decidiu
parar de correr atrás da sua borboleta – não que a borboleta fosse de fato
dela, mas, mulheres são donas de paixões possessivas -. Ela cuidou do seu
jardim durante meses para que sua borboleta voltasse e ela não voltou.
Não voltou...
... Aquela borboleta gostava de voar.
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