terça-feira, 8 de maio de 2012

Ela era diferente, não costumava desabafar com as amigas e nem bebia pra esquecer os problemas.  Ela desabafava escrevendo. Seus porres eram literários. Ela tinha uma coleção de livros e eram com eles as suas viagens mais gostosas. Ela lia e se identificava com tudo o que havia nas linhas e nas entre-linhas. Certa vez uma frase chamou mais atenção do que as outras porque talvez nela estivesse a solução dos seus problemas pseudo-amorosos: “O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.”.
Sábio Mario Quintana, ela pensou. Aquela frase marcou a ponto de perturbar sua mente durante uns três ou quatro dias e ela decidiu parar de correr atrás da sua borboleta – não que a borboleta fosse de fato dela, mas, mulheres são donas de paixões possessivas -. Ela cuidou do seu jardim durante meses para que sua borboleta voltasse e ela não voltou.
Não voltou...
... Aquela borboleta gostava de voar.

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