sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sabe quando você cansa de tudo? Que fica de saco cheio? Que chega no limite? Você simplesmente não aguenta cu doce, charminho, draminha nem pela saco de prosa no seu pé. Você se irrita com tudo. Qualquer olhar torto ou sorriso forçado é motivo pra terceira guerra mundial. Você explode com o uso ironia e mata qualquer dramático que cortar o seu caminho. Essa é a hora que você para, respira e manda um foda-se.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O problema é que depois daquele dia ascendeu uma luz onde era escuro. Digo, tudo o que estava escondido e adormecido voltou a tona com toda intensidade e se tornou visível e presente. É loucura tentar disfarçar e esconder que só de olhar pra você a chama reacende e o vulcão entra em erupção fazendo com que todos os passos que eu dei para longe de você se transformem subitamente em passos para cada vez mais perto. 
Eu sou egoísta, é, confessei. Sou egoísta porque não quero te dividir com ninguém e ao mesmo tempo quero que você me divida com o mundo. Eu te amo, não rejeites meus sentimentos, mas entenda, por mais difícil que seja, entenda: Eu não quero te perder, mas não posso me perder… e em questão de escolhas, eu sempre serei a minha prioridade.
Fracassamos. Você e eu sabemos que isso nunca daria certo, e não deu. Acabou e acabou da pior maneira possível, mas acabou. Fico triste porque a semanas atrás eu não me imaginava sem você, mas ao mesmo tempo me sinto aliviada por saber que foi indiscutivelmente melhor assim. Não vou mentir dizendo que já te esqueci e que não sinto mais a sua falta, porque sinto, porque lembro. O que posso dizer é que o que eu sinto por você esfriou, a chama apagou, o encanto acabou e a admiração se perdeu. Pacientemente deixei o tempo encarregado de apagar as marcas que você deixou; lavei as mãos, coloquei um sorriso no rosto e segui em frente. Segui em frente porque ficar parada me culpando não iria te trazer de volta, tão pouco iria me fazer feliz. Porque felicidade e estar com você já não eram sinônimos a muito tempo. Por isso parti, fui embora sem olhar pra trás. Não foi fácil, mas foi o melhor. Hoje não sei exatamente o que eu sinto por você, mas sei o suficiente pra não te querer de volta. Deixar você ir embora foi uma das decisões mais difíceis que fui forçada a tomar, mas hoje vejo o quanto eu ganhei com isso. Agora eu consigo enxergar que tem coisas e pessoas que a gente não perde, se livra.
Meu problema é essa fascinação pela dificuldade. Quero dizer, tudo o que é fácil não me interessa. O que me motiva mesmo é essa vontade de lutar pra conseguir, de conquistar e nunca obter completamente. Nada do que vem fácil, do que se entrega fácil e do que se mantém fácil continua interessante durante muito tempo pra mim.

Por isso, se desejas me conquistar, nunca me deixe perceber que você está nas minhas mãos; nunca me deixe pensar que nada me fará te perder e nunca, nunca mesmo, me force a embarcar numa relação fracassada.

Pareço um tanto complicada, não é mesmo? E sou. Sou o mais complexa que você poderia imaginar, e é isso que eu considero fascinante. Não me peça pra ser fácil, não procure cortar caminhos pra chegar no meu coração mais rápido.

Enfrente barreiras, seja uma barreira. Não corra atrás de mim insistentemente, pelo contrário, provoque em mim a vontade insistente de correr atrás de você. 

Não me sufoque, mas sutilmente me faça sentir sua falta. Não me prenda, mas faça com que eu queira estar o tempo todo ao seu lado. Não me corte as asas, mas me faça querer voar ao seu lado. Não reclame do meu mal humor, mas me faça sorrir de um jeito único. 

Seja difícil. Seja indisponível. Seja inalcançável. Seja confuso. Seja desesperadamente sensual e misterioso. 

Nunca fale tudo o que sente, mas sempre faça tudo o que pensa. 

Seja audacioso. Tome atitude. Provoque intensamente - e nunca renuncie -. Me puxe pra perto e me vicie no seu cheiro, me vicie no teu gosto, me vicie no teu toque, me vicie no teu jeito, me vicie em você.
E se eu quiser ir embora? Deixe. Não faça nada, apenas deixe. Porque se você me viciou…

… Eu voltarei, inteira, pra você. 
Ao tentar me conquistar, não pense que vai encontrar em mim uma menina doce que sonha com um príncipe encantado. Não pense que eu durmo e acordo desejando a vinda do amor da minha vida. Não pense que o meu futuro é baseado em casamento, filhos e etc. Eu fujo de todos os padrões, eu fujo desse sonho clichê de toda adolescente. Eu não sei ser fofa, eu falo palavrão, eu sento de perna aberta, eu falo alto e te mando tomar no cu se você me irritar. Mas não se assuste, atrás dessa maluquice toda, existe em mim um encantamento vicioso que fará você esquecer o desejo de ter uma menina doce e que vai te levar a desejar todos os dias, as minhas reclamações no café da manhã; o meu mal humor de tarde e as minhas enxaquecas durante a madrugada. Irônico, não? Mas tudo se explica no dia seguinte, quando você acordar de manhã e me ver dormindo sob o teu ombro, sonhando e sorrindo. Você vai me acordar com um beijo e alisar meu rosto; Eu vou acordar, com o mesmo sorriso, te agradecer por ter permanecido ao meu lado e abaixar meu rosto. Você vai levantar meu rosto, beijar minha testa e sussurrar bem baixinho: Ninguém me disse que seria fácil, mas eu sempre soube que valeria a pena.

sábado, 10 de dezembro de 2011

O ano está acabando, finalmente! Tenho medo disso, mas, estou aguardando ansiosamente a chegada do novo ano. Não sou apegada a essas convicções de que ano novo significa vida nova, não sou porque tenho vivido anos e anos na mesmice e cansei. Mas 2012 trás consigo um cheirinho de terra nova, roupa nova, pessoas novas... e isso me faz esperar ansiosamente pelo novo ano que está a caminho. É engraçado quando um sonho antigo seu se realiza, não é mesmo? Você está condicionado a sempre sonhar com aquilo e nunca acontecer, e puft, como num passe de mágica tudo o que você passou a vida inteira sonhando finalmente começa a se realizar. Eu to saturada dessa cidade, dessa casa, dessas pessoas, desse colégio e caramba, tudo isso vai ficar pra trás. A partir do dia primeiro do ano seguinte eu poderei dizer com propriedade: Ano novo, vida nova! E não vejo a hora de poder realmente dizer isso. 2012 é mais do que mais um ano, é ano de se liberar. Ano de quebrar correntes. Ano de revigorar. Ano de recomeçar. Ano pra filtrar tudo o que já aconteceu na minha vida até hoje, e, cortar tudo – tudo mesmo – que não vale a pena e só levar comigo o que me provoca o riso porque chega de tripudiar, chega de importar com o que já passou. Agora é vida nova. Agora é hora de olhar pra frente e seguir. Agora é o momento de conquistar objetivos e vencer obstáculos. Agora é hora de apostar todas as fichas de mim, e caramba, esse é o meu momento e eu tenho que aproveitá-lo. Que venha a faculdade, que venha a experiência de morar sozinha, que venhas as festas e sociais, que venha os flertes, que venha os namoros, que venha tudo... mas que venha tudo novo e de forma inesperada porque eu cansei de viver as mesmas coisas, as mesmas pessoas, as mesmas sensações... agora é a hora de abrir a janela e viver o novo, e viverei, e viverás. Viveremos!

Vem 2012, vem e trás contigo todos os sorrisos que 2011 me roubara!
Ela não aguenta mais chorar sozinha. Na verdade, ela não tem mais forças pra suportar tudo sozinha. Ela perdeu toda a capacidade de forjar sorrisos e disfarçar tristezas, ou talvez, ela tenha amadurecido o suficiente pra saber que maquiagem e álcool não resolve o problema de ninguém, só mascara. Ela cansou de máscaras. Cansou de fingir que está tudo bem. Cansou de parecer ser alguém que gostaria de ser, mas que não é. Acredite, ela não agüenta mais ser alegre e espontânea. Tudo nela mais parece milimetricamente planejado, cada ação e reação é projetada para que ninguém perceba o quanto seu coração encontra-se dilacerado. É irônico ler um “eu não to nada bem” de uma menina que aparenta 24h por dia ser a mais feliz e animada do mundo. A verdade é que ela não quer mais isso. Ela cansou de ser essa fortaleza toda, cansou de carregar o mundo nas costas. Agora o que ela quer é um mundo que a carregue e a acolha. Ela já não é mais a mesma menina que absorvia o problema de todos os seus amigos para si, só para vê-los sorrindo. Essa menina agora ta carente, se sentindo sozinha e desprotegida. Essa menina tem desejado de forma tão silenciosa um abraço inesperado e um sorriso sincero de conforto. Essa menina se sente sufocada de gente vazia e ao mesmo tempo vazia por se sentir num deserto. Essa menina, de forma ainda mais silenciosa, deseja que nesse deserto de almas também desertas, exista alguém que olhando pra ela reconheça um porto para, finalmente, ancorar.
Valeu à pena? Sim, valeram a pena os dias de angustia, de cansaço, de tédio e exaustão. Valeram a pena todos os passos pelo caminho traçado. Cada momento vivido nessa louca correria em busca de um objetivo em comum valeu a pena. E agora que não mais irão de mãos dadas e juntos continuar a jornada de suas vidas? E agora que deixam, para também seguirem seus caminhos, os companheiros de longa data? E agora que a estrada se estende ao longe até se perder de vista? Caminhemos. Navegar é preciso. Não podemos esquecer que, embora a alegria do presente exista, o futuro reserva outras a mais. Se antes a força do conjunto amparava as quedas, hoje estão preparados para agüentar as tramas da vida. Deixar para trás momentos plenos de união e companheirismo é doloroso, mas não podemos nos estagnar no tempo. É necessário seguir em frente, buscar nossos objetivos com muito esmero e dedicação, para encontrar o novo.

A amizade de tantos anos fica, assim como o respeito e as boas lembranças jamais serão esquecidas. Já dizia Albert Einstein, “Pode ser que um dia nos afastemos... Mas, se formos amigos de verdade, a amizade nos reaproximará.”, os laços invisíveis que unem essa turma se perpetuarão e se intensificarão com a distância. É claro que uns ou outros irão se distanciar um pouco, mas sempre que houver um reencontro o sorriso no rosto e a lágrima nos olhos serão os mesmos. A nostalgia já tomou conta de cada um de nós, é verdade, mas o tempo não pára e precisamos dar continuidade à vida. É claro que a saudade vai machucar, como já está machucando. É claro que sentiremos falta das nossas manhãs juntos e dos sorrisos que trocamos em grupo. É claro que sentiremos falta das resenhas, das brincadeiras e até das discussões... Sentiremos saudade, mas apesar dela, o sentimento de felicidade ao olhar pra trás sempre existirá e a certeza de que viveríamos tudo outra vez só irá se fortalecer com a passagem do tempo. [...]


O tempo passou rápido demais. No começo, movia-se devagar. Os primeiro dias. Os primeiros contatos, tudo era novidade. Cada novo momento parecia ainda mais encantador. As notas foram ganhando sonoridade. O som agradável foi contagiando toda a escola. E os estudantes foram crescendo, tal qual aurora que todos os rincões do mundo. E essa luz que vinha das conversas, dos risos, das pequenas discussões que faziam da escola um espaço de magia. E todo o reino era tomado por um sentimento único de esperança. Aliás, no espaço encantado do colégio, os príncipes e princesas tem o dever de aprender e ensinar a sonhar. E isso já é o bastante. O sonho está mais vivo do que nunca neste dia. A caverna já cumpriu sua missão. Não é possível mais viver em seus seguros espaços.

É preciso sair para o mundo. É preciso deixar na caverna tantos momentos lindos que marcaram nossa história. Toda cumplicidade dos maestros que lá estavam e que anunciavam a luz que nos aguardava, maestros esses que merecem toda saudação pelo mérito (mérito esse que não se restringe apenas a nós que estamos encerrando mais um ciclo, mas também a todos aqueles que nos apoiaram diretamente ou indiretamente em todos esses anos de caminhada – aos pais, familiares, professores, coordenadores, diretores, funcionários e amigos, um sincero obrigado por toda compreensão e colaboração dedicada com tanto carinho). Além disso, é preciso levar da caverna os sentimentos corretos. A determinação de não nos acomodarmos com o que está acontecendo de errado. Aprendemos que nunca deveríamos negligenciar os nossos valores, os nossos ideais. E seremos fieis a essa vocação. Estamos prontos. Saudosos de um passado recente. Mas prontos. Podem abrir as cortinas. O espetáculo vai começar. Por isso afirmo a vocês: sim, valeu muito à pena.

Depois de ler Caio Fernando Abreu dizer - “Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso.” – parei pra pensar no quanto um texto pode descrever de forma tão completa e verdadeira uma real situação; e foi exatamente isso que aconteceu comigo. Ler esse trecho do autor em questão me faz desejar ansiosamente a chegada de alguém que me toque profundamente pra acabar com esse medo de que alguém destrua esse meu momento eu-comigo. É tão intenso esse meu desejo de que ainda exista alguém que seja capaz de acabar com esse meu medo de me entregar e que me toque de forma “brutal e intensa” que não me dê tempo de recuar ou de me revestir com as armaduras e espinhos de costume. Chega! Eu não quero mais ferir ninguém, eu não quero fazer mal as pessoas que eu amo. Eu não quero mais cortar relacionamentos dessa forma tão fria, agressiva e indiferente. Repito, chega! Quero cheganças, quero presenças, quero deveras que me toques, me prendas, me roubas e me encantas. Mas não se demore, tenho a péssima mania de – além de medrosa e fria – ser impaciente e passageira. 
       Tem sido fácil vangloriar a minha aparente fortaleza ao dizer de forma tão súbita que já te esqueci. É tão orgulhoso e mentiroso afirmar que não te amo, não te quero, e não sinto de forma devastadora a tua falta. Chega a ser ridículo as barbaridades que saem de forma amontoada dos meus lábios enquanto eu te olho e percebo o quanto eu ainda te quero, ainda te desejo e o quanto preciso de ti. É nesse momento de olhares esquivos e coração acelerado que se inicia as séries de repetições pra ver se, de alguma maneira, de tanto eu ouvir eu aprendo – Não, eu não posso, eu não me permito olhar pra trás, voltar atrás. Chega de regressos! – Confesso que na hora funciona. Desvio o olhar que insistentemente te busca e te capta. A boca seca. As pernas tremem. O coração dispara. As mãos soam. E eu? E eu sorrio. Sorrio pra você como se nada estivesse acontecendo. Sorrio como se dentro de mim não estivesse acontecendo uma revolução. Enquanto eu sorrio pra você, você pensa “Ah, ela está bem, já passou, já me esqueceu.”, quando na verdade eu estou me auto-torturando tentando provar o que nunca aconteceu. Não. De novo não. Sem essa de melancolismo. Você praticamente me expulsou da sua vida e dessa não há retorno. Não há retorno. Não há retorno. Não há retorno. [...] Passei o dia todo repetindo e de nada adiantou. Passei o dia com um sorriso forjado no rosto estampando uma tristeza tão aparente. Anoiteceu. Coloquei a cabeça no travesseiro e calmamente pensei: Não tenho forças. Não mais. Não adianta lutar contra essa turbulência de sentimentos que em mim se apresenta de forma tão intensa. Resolvi deixar acontecer. Dessa vez eu deixei nas mãos do acaso, e que ele me proteja. 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

         Embrutece a alma, embrutece o coração, embrutece a mente... Que porra é essa que chamamos de amor? Que sentimento bonito é esse que nos abraça e depois nos apunha-la pelas costas? Que espécie de ser humano pode num dia ser o amor da sua vida e no outro o causador da sua desgraça sentimental? Não, você não está entendendo. Não é normal alguém querer se apaixonar por outro alguém na vida real. Não, não é sadio você depositar em alguém a razão da sua felicidade. É suicídio entregar o órgão mais sensível e bonito que você possuí pra alguém que não sabe diferenciar amor, paixão e tesão. Por favor, não faça a burrice de se encantar pelo olhar ou pelo sorriso de alguém – você não sabe o quanto eles podem ser mentirosos e enganadores. Nunca, nunca, em hipótese alguma diga que não sabe viver sem alguém, isso é babaquice; babaquice que depois que esse surto que te arranca a sanidade mental passar vai te fazer sentir ódio de você mesma e nojo do idiota que te fez sentir esse tal de amor, que com certeza, não é por acaso que rima com dor.
        Ei, babaca. Sim, você mesmo. Você que a machucou. Você que embruteceu o coração de uma menina tão frágil e sensível. Idiota! Você não vê o tamanho da burrice que você fez? É desumano transformar um coração em uma pedra - é como tirar a cor de uma flor e o aroma de um perfume. Não ria, não conte aos seus amigos o que você fez com orgulho. Se envergonhe. Se envergonhe porque essa nova menina-mulher gélida é a mesma que irá cruzar o seu caminho anos depois de salto 15 e batom vermelho. É a mesma que vai te arrancar suspiros e te tornar dependente. Sabe onde essa história termina? A menina dócil se transformou em uma mulher fria e esperta – e é essa mulher que vai te fazer sentir, em doses muito mais fortes e destruidoras, como é ruim se apaixonar por alguém sem coração.
 Ela era uma menina dócil, feita pro amor da cabeça aos pés. Ela tinha sonhos. Era meiga e livre de pensamentos e sentimentos impuros. Ela se apaixonava e se entregava completamente. Ela tinha um sorriso lindo nos lábios, tão sincero quanto o brilho permanente em seus olhos. Ela gostava de receber e retribuir carícias. Essa menina confiou, se entregou, se apaixonou, e se apaixonou, e se apaixonou... e se machucou. Sabe quem é essa menina dócil hoje? É a menina de coração gélido, confuso e vazio, vazio depois de tanto transbordar e não se preencher.