sábado, 10 de dezembro de 2011

Valeu à pena? Sim, valeram a pena os dias de angustia, de cansaço, de tédio e exaustão. Valeram a pena todos os passos pelo caminho traçado. Cada momento vivido nessa louca correria em busca de um objetivo em comum valeu a pena. E agora que não mais irão de mãos dadas e juntos continuar a jornada de suas vidas? E agora que deixam, para também seguirem seus caminhos, os companheiros de longa data? E agora que a estrada se estende ao longe até se perder de vista? Caminhemos. Navegar é preciso. Não podemos esquecer que, embora a alegria do presente exista, o futuro reserva outras a mais. Se antes a força do conjunto amparava as quedas, hoje estão preparados para agüentar as tramas da vida. Deixar para trás momentos plenos de união e companheirismo é doloroso, mas não podemos nos estagnar no tempo. É necessário seguir em frente, buscar nossos objetivos com muito esmero e dedicação, para encontrar o novo.

A amizade de tantos anos fica, assim como o respeito e as boas lembranças jamais serão esquecidas. Já dizia Albert Einstein, “Pode ser que um dia nos afastemos... Mas, se formos amigos de verdade, a amizade nos reaproximará.”, os laços invisíveis que unem essa turma se perpetuarão e se intensificarão com a distância. É claro que uns ou outros irão se distanciar um pouco, mas sempre que houver um reencontro o sorriso no rosto e a lágrima nos olhos serão os mesmos. A nostalgia já tomou conta de cada um de nós, é verdade, mas o tempo não pára e precisamos dar continuidade à vida. É claro que a saudade vai machucar, como já está machucando. É claro que sentiremos falta das nossas manhãs juntos e dos sorrisos que trocamos em grupo. É claro que sentiremos falta das resenhas, das brincadeiras e até das discussões... Sentiremos saudade, mas apesar dela, o sentimento de felicidade ao olhar pra trás sempre existirá e a certeza de que viveríamos tudo outra vez só irá se fortalecer com a passagem do tempo. [...]


O tempo passou rápido demais. No começo, movia-se devagar. Os primeiro dias. Os primeiros contatos, tudo era novidade. Cada novo momento parecia ainda mais encantador. As notas foram ganhando sonoridade. O som agradável foi contagiando toda a escola. E os estudantes foram crescendo, tal qual aurora que todos os rincões do mundo. E essa luz que vinha das conversas, dos risos, das pequenas discussões que faziam da escola um espaço de magia. E todo o reino era tomado por um sentimento único de esperança. Aliás, no espaço encantado do colégio, os príncipes e princesas tem o dever de aprender e ensinar a sonhar. E isso já é o bastante. O sonho está mais vivo do que nunca neste dia. A caverna já cumpriu sua missão. Não é possível mais viver em seus seguros espaços.

É preciso sair para o mundo. É preciso deixar na caverna tantos momentos lindos que marcaram nossa história. Toda cumplicidade dos maestros que lá estavam e que anunciavam a luz que nos aguardava, maestros esses que merecem toda saudação pelo mérito (mérito esse que não se restringe apenas a nós que estamos encerrando mais um ciclo, mas também a todos aqueles que nos apoiaram diretamente ou indiretamente em todos esses anos de caminhada – aos pais, familiares, professores, coordenadores, diretores, funcionários e amigos, um sincero obrigado por toda compreensão e colaboração dedicada com tanto carinho). Além disso, é preciso levar da caverna os sentimentos corretos. A determinação de não nos acomodarmos com o que está acontecendo de errado. Aprendemos que nunca deveríamos negligenciar os nossos valores, os nossos ideais. E seremos fieis a essa vocação. Estamos prontos. Saudosos de um passado recente. Mas prontos. Podem abrir as cortinas. O espetáculo vai começar. Por isso afirmo a vocês: sim, valeu muito à pena.

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