Sabe quando você cansa de tudo? Que fica de saco cheio? Que chega no limite? Você simplesmente não aguenta cu doce, charminho, draminha nem pela saco de prosa no seu pé. Você se irrita com tudo. Qualquer olhar torto ou sorriso forçado é motivo pra terceira guerra mundial. Você explode com o uso ironia e mata qualquer dramático que cortar o seu caminho. Essa é a hora que você para, respira e manda um foda-se.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
O problema é que depois daquele dia ascendeu uma luz onde era escuro. Digo, tudo o que estava escondido e adormecido voltou a tona com toda intensidade e se tornou visível e presente. É loucura tentar disfarçar e esconder que só de olhar pra você a chama reacende e o vulcão entra em erupção fazendo com que todos os passos que eu dei para longe de você se transformem subitamente em passos para cada vez mais perto.
Eu sou egoísta, é, confessei. Sou egoísta porque não quero te dividir com ninguém e ao mesmo tempo quero que você me divida com o mundo. Eu te amo, não rejeites meus sentimentos, mas entenda, por mais difícil que seja, entenda: Eu não quero te perder, mas não posso me perder… e em questão de escolhas, eu sempre serei a minha prioridade.
Fracassamos. Você e eu sabemos que isso nunca daria certo, e não deu. Acabou e acabou da pior maneira possível, mas acabou. Fico triste porque a semanas atrás eu não me imaginava sem você, mas ao mesmo tempo me sinto aliviada por saber que foi indiscutivelmente melhor assim. Não vou mentir dizendo que já te esqueci e que não sinto mais a sua falta, porque sinto, porque lembro. O que posso dizer é que o que eu sinto por você esfriou, a chama apagou, o encanto acabou e a admiração se perdeu. Pacientemente deixei o tempo encarregado de apagar as marcas que você deixou; lavei as mãos, coloquei um sorriso no rosto e segui em frente. Segui em frente porque ficar parada me culpando não iria te trazer de volta, tão pouco iria me fazer feliz. Porque felicidade e estar com você já não eram sinônimos a muito tempo. Por isso parti, fui embora sem olhar pra trás. Não foi fácil, mas foi o melhor. Hoje não sei exatamente o que eu sinto por você, mas sei o suficiente pra não te querer de volta. Deixar você ir embora foi uma das decisões mais difíceis que fui forçada a tomar, mas hoje vejo o quanto eu ganhei com isso. Agora eu consigo enxergar que tem coisas e pessoas que a gente não perde, se livra.
Meu problema é essa fascinação pela dificuldade. Quero dizer, tudo o que é fácil não me interessa. O que me motiva mesmo é essa vontade de lutar pra conseguir, de conquistar e nunca obter completamente. Nada do que vem fácil, do que se entrega fácil e do que se mantém fácil continua interessante durante muito tempo pra mim.
Por isso, se desejas me conquistar, nunca me deixe perceber que você está nas minhas mãos; nunca me deixe pensar que nada me fará te perder e nunca, nunca mesmo, me force a embarcar numa relação fracassada.
Pareço um tanto complicada, não é mesmo? E sou. Sou o mais complexa que você poderia imaginar, e é isso que eu considero fascinante. Não me peça pra ser fácil, não procure cortar caminhos pra chegar no meu coração mais rápido.
Enfrente barreiras, seja uma barreira. Não corra atrás de mim insistentemente, pelo contrário, provoque em mim a vontade insistente de correr atrás de você.
Não me sufoque, mas sutilmente me faça sentir sua falta. Não me prenda, mas faça com que eu queira estar o tempo todo ao seu lado. Não me corte as asas, mas me faça querer voar ao seu lado. Não reclame do meu mal humor, mas me faça sorrir de um jeito único.
Seja difícil. Seja indisponível. Seja inalcançável. Seja confuso. Seja desesperadamente sensual e misterioso.
Nunca fale tudo o que sente, mas sempre faça tudo o que pensa.
Seja audacioso. Tome atitude. Provoque intensamente - e nunca renuncie -. Me puxe pra perto e me vicie no seu cheiro, me vicie no teu gosto, me vicie no teu toque, me vicie no teu jeito, me vicie em você.
E se eu quiser ir embora? Deixe. Não faça nada, apenas deixe. Porque se você me viciou…
… Eu voltarei, inteira, pra você.
Ao tentar me conquistar, não pense que vai encontrar em mim uma menina doce que sonha com um príncipe encantado. Não pense que eu durmo e acordo desejando a vinda do amor da minha vida. Não pense que o meu futuro é baseado em casamento, filhos e etc. Eu fujo de todos os padrões, eu fujo desse sonho clichê de toda adolescente. Eu não sei ser fofa, eu falo palavrão, eu sento de perna aberta, eu falo alto e te mando tomar no cu se você me irritar. Mas não se assuste, atrás dessa maluquice toda, existe em mim um encantamento vicioso que fará você esquecer o desejo de ter uma menina doce e que vai te levar a desejar todos os dias, as minhas reclamações no café da manhã; o meu mal humor de tarde e as minhas enxaquecas durante a madrugada. Irônico, não? Mas tudo se explica no dia seguinte, quando você acordar de manhã e me ver dormindo sob o teu ombro, sonhando e sorrindo. Você vai me acordar com um beijo e alisar meu rosto; Eu vou acordar, com o mesmo sorriso, te agradecer por ter permanecido ao meu lado e abaixar meu rosto. Você vai levantar meu rosto, beijar minha testa e sussurrar bem baixinho: Ninguém me disse que seria fácil, mas eu sempre soube que valeria a pena.
sábado, 10 de dezembro de 2011
O ano está acabando, finalmente! Tenho medo disso, mas, estou aguardando ansiosamente a chegada do novo ano. Não sou apegada a essas convicções de que ano novo significa vida nova, não sou porque tenho vivido anos e anos na mesmice e cansei. Mas 2012 trás consigo um cheirinho de terra nova, roupa nova, pessoas novas... e isso me faz esperar ansiosamente pelo novo ano que está a caminho. É engraçado quando um sonho antigo seu se realiza, não é mesmo? Você está condicionado a sempre sonhar com aquilo e nunca acontecer, e puft, como num passe de mágica tudo o que você passou a vida inteira sonhando finalmente começa a se realizar. Eu to saturada dessa cidade, dessa casa, dessas pessoas, desse colégio e caramba, tudo isso vai ficar pra trás. A partir do dia primeiro do ano seguinte eu poderei dizer com propriedade: Ano novo, vida nova! E não vejo a hora de poder realmente dizer isso. 2012 é mais do que mais um ano, é ano de se liberar. Ano de quebrar correntes. Ano de revigorar. Ano de recomeçar. Ano pra filtrar tudo o que já aconteceu na minha vida até hoje, e, cortar tudo – tudo mesmo – que não vale a pena e só levar comigo o que me provoca o riso porque chega de tripudiar, chega de importar com o que já passou. Agora é vida nova. Agora é hora de olhar pra frente e seguir. Agora é o momento de conquistar objetivos e vencer obstáculos. Agora é hora de apostar todas as fichas de mim, e caramba, esse é o meu momento e eu tenho que aproveitá-lo. Que venha a faculdade, que venha a experiência de morar sozinha, que venhas as festas e sociais, que venha os flertes, que venha os namoros, que venha tudo... mas que venha tudo novo e de forma inesperada porque eu cansei de viver as mesmas coisas, as mesmas pessoas, as mesmas sensações... agora é a hora de abrir a janela e viver o novo, e viverei, e viverás. Viveremos!
Vem 2012, vem e trás contigo todos os sorrisos que 2011 me roubara!
Ela não aguenta mais chorar sozinha. Na verdade, ela não tem mais forças pra suportar tudo sozinha. Ela perdeu toda a capacidade de forjar sorrisos e disfarçar tristezas, ou talvez, ela tenha amadurecido o suficiente pra saber que maquiagem e álcool não resolve o problema de ninguém, só mascara. Ela cansou de máscaras. Cansou de fingir que está tudo bem. Cansou de parecer ser alguém que gostaria de ser, mas que não é. Acredite, ela não agüenta mais ser alegre e espontânea. Tudo nela mais parece milimetricamente planejado, cada ação e reação é projetada para que ninguém perceba o quanto seu coração encontra-se dilacerado. É irônico ler um “eu não to nada bem” de uma menina que aparenta 24h por dia ser a mais feliz e animada do mundo. A verdade é que ela não quer mais isso. Ela cansou de ser essa fortaleza toda, cansou de carregar o mundo nas costas. Agora o que ela quer é um mundo que a carregue e a acolha. Ela já não é mais a mesma menina que absorvia o problema de todos os seus amigos para si, só para vê-los sorrindo. Essa menina agora ta carente, se sentindo sozinha e desprotegida. Essa menina tem desejado de forma tão silenciosa um abraço inesperado e um sorriso sincero de conforto. Essa menina se sente sufocada de gente vazia e ao mesmo tempo vazia por se sentir num deserto. Essa menina, de forma ainda mais silenciosa, deseja que nesse deserto de almas também desertas, exista alguém que olhando pra ela reconheça um porto para, finalmente, ancorar.
Valeu à pena? Sim, valeram a pena os dias de angustia, de cansaço, de tédio e exaustão. Valeram a pena todos os passos pelo caminho traçado. Cada momento vivido nessa louca correria em busca de um objetivo em comum valeu a pena. E agora que não mais irão de mãos dadas e juntos continuar a jornada de suas vidas? E agora que deixam, para também seguirem seus caminhos, os companheiros de longa data? E agora que a estrada se estende ao longe até se perder de vista? Caminhemos. Navegar é preciso. Não podemos esquecer que, embora a alegria do presente exista, o futuro reserva outras a mais. Se antes a força do conjunto amparava as quedas, hoje estão preparados para agüentar as tramas da vida. Deixar para trás momentos plenos de união e companheirismo é doloroso, mas não podemos nos estagnar no tempo. É necessário seguir em frente, buscar nossos objetivos com muito esmero e dedicação, para encontrar o novo.
A amizade de tantos anos fica, assim como o respeito e as boas lembranças jamais serão esquecidas. Já dizia Albert Einstein, “Pode ser que um dia nos afastemos... Mas, se formos amigos de verdade, a amizade nos reaproximará.”, os laços invisíveis que unem essa turma se perpetuarão e se intensificarão com a distância. É claro que uns ou outros irão se distanciar um pouco, mas sempre que houver um reencontro o sorriso no rosto e a lágrima nos olhos serão os mesmos. A nostalgia já tomou conta de cada um de nós, é verdade, mas o tempo não pára e precisamos dar continuidade à vida. É claro que a saudade vai machucar, como já está machucando. É claro que sentiremos falta das nossas manhãs juntos e dos sorrisos que trocamos em grupo. É claro que sentiremos falta das resenhas, das brincadeiras e até das discussões... Sentiremos saudade, mas apesar dela, o sentimento de felicidade ao olhar pra trás sempre existirá e a certeza de que viveríamos tudo outra vez só irá se fortalecer com a passagem do tempo. [...]
O tempo passou rápido demais. No começo, movia-se devagar. Os primeiro dias. Os primeiros contatos, tudo era novidade. Cada novo momento parecia ainda mais encantador. As notas foram ganhando sonoridade. O som agradável foi contagiando toda a escola. E os estudantes foram crescendo, tal qual aurora que todos os rincões do mundo. E essa luz que vinha das conversas, dos risos, das pequenas discussões que faziam da escola um espaço de magia. E todo o reino era tomado por um sentimento único de esperança. Aliás, no espaço encantado do colégio, os príncipes e princesas tem o dever de aprender e ensinar a sonhar. E isso já é o bastante. O sonho está mais vivo do que nunca neste dia. A caverna já cumpriu sua missão. Não é possível mais viver em seus seguros espaços.
É preciso sair para o mundo. É preciso deixar na caverna tantos momentos lindos que marcaram nossa história. Toda cumplicidade dos maestros que lá estavam e que anunciavam a luz que nos aguardava, maestros esses que merecem toda saudação pelo mérito (mérito esse que não se restringe apenas a nós que estamos encerrando mais um ciclo, mas também a todos aqueles que nos apoiaram diretamente ou indiretamente em todos esses anos de caminhada – aos pais, familiares, professores, coordenadores, diretores, funcionários e amigos, um sincero obrigado por toda compreensão e colaboração dedicada com tanto carinho). Além disso, é preciso levar da caverna os sentimentos corretos. A determinação de não nos acomodarmos com o que está acontecendo de errado. Aprendemos que nunca deveríamos negligenciar os nossos valores, os nossos ideais. E seremos fieis a essa vocação. Estamos prontos. Saudosos de um passado recente. Mas prontos. Podem abrir as cortinas. O espetáculo vai começar. Por isso afirmo a vocês: sim, valeu muito à pena.
Depois de ler Caio Fernando Abreu dizer - “Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso.” – parei pra pensar no quanto um texto pode descrever de forma tão completa e verdadeira uma real situação; e foi exatamente isso que aconteceu comigo. Ler esse trecho do autor em questão me faz desejar ansiosamente a chegada de alguém que me toque profundamente pra acabar com esse medo de que alguém destrua esse meu momento eu-comigo. É tão intenso esse meu desejo de que ainda exista alguém que seja capaz de acabar com esse meu medo de me entregar e que me toque de forma “brutal e intensa” que não me dê tempo de recuar ou de me revestir com as armaduras e espinhos de costume. Chega! Eu não quero mais ferir ninguém, eu não quero fazer mal as pessoas que eu amo. Eu não quero mais cortar relacionamentos dessa forma tão fria, agressiva e indiferente. Repito, chega! Quero cheganças, quero presenças, quero deveras que me toques, me prendas, me roubas e me encantas. Mas não se demore, tenho a péssima mania de – além de medrosa e fria – ser impaciente e passageira.
Tem sido fácil vangloriar a minha aparente fortaleza ao dizer de forma tão súbita que já te esqueci. É tão orgulhoso e mentiroso afirmar que não te amo, não te quero, e não sinto de forma devastadora a tua falta. Chega a ser ridículo as barbaridades que saem de forma amontoada dos meus lábios enquanto eu te olho e percebo o quanto eu ainda te quero, ainda te desejo e o quanto preciso de ti. É nesse momento de olhares esquivos e coração acelerado que se inicia as séries de repetições pra ver se, de alguma maneira, de tanto eu ouvir eu aprendo – Não, eu não posso, eu não me permito olhar pra trás, voltar atrás. Chega de regressos! – Confesso que na hora funciona. Desvio o olhar que insistentemente te busca e te capta. A boca seca. As pernas tremem. O coração dispara. As mãos soam. E eu? E eu sorrio. Sorrio pra você como se nada estivesse acontecendo. Sorrio como se dentro de mim não estivesse acontecendo uma revolução. Enquanto eu sorrio pra você, você pensa “Ah, ela está bem, já passou, já me esqueceu.”, quando na verdade eu estou me auto-torturando tentando provar o que nunca aconteceu. Não. De novo não. Sem essa de melancolismo. Você praticamente me expulsou da sua vida e dessa não há retorno. Não há retorno. Não há retorno. Não há retorno. [...] Passei o dia todo repetindo e de nada adiantou. Passei o dia com um sorriso forjado no rosto estampando uma tristeza tão aparente. Anoiteceu. Coloquei a cabeça no travesseiro e calmamente pensei: Não tenho forças. Não mais. Não adianta lutar contra essa turbulência de sentimentos que em mim se apresenta de forma tão intensa. Resolvi deixar acontecer. Dessa vez eu deixei nas mãos do acaso, e que ele me proteja.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Embrutece a alma, embrutece o coração, embrutece a mente... Que porra é essa que chamamos de amor? Que sentimento bonito é esse que nos abraça e depois nos apunha-la pelas costas? Que espécie de ser humano pode num dia ser o amor da sua vida e no outro o causador da sua desgraça sentimental? Não, você não está entendendo. Não é normal alguém querer se apaixonar por outro alguém na vida real. Não, não é sadio você depositar em alguém a razão da sua felicidade. É suicídio entregar o órgão mais sensível e bonito que você possuí pra alguém que não sabe diferenciar amor, paixão e tesão. Por favor, não faça a burrice de se encantar pelo olhar ou pelo sorriso de alguém – você não sabe o quanto eles podem ser mentirosos e enganadores. Nunca, nunca, em hipótese alguma diga que não sabe viver sem alguém, isso é babaquice; babaquice que depois que esse surto que te arranca a sanidade mental passar vai te fazer sentir ódio de você mesma e nojo do idiota que te fez sentir esse tal de amor, que com certeza, não é por acaso que rima com dor.
Ei, babaca. Sim, você mesmo. Você que a machucou. Você que embruteceu o coração de uma menina tão frágil e sensível. Idiota! Você não vê o tamanho da burrice que você fez? É desumano transformar um coração em uma pedra - é como tirar a cor de uma flor e o aroma de um perfume. Não ria, não conte aos seus amigos o que você fez com orgulho. Se envergonhe. Se envergonhe porque essa nova menina-mulher gélida é a mesma que irá cruzar o seu caminho anos depois de salto 15 e batom vermelho. É a mesma que vai te arrancar suspiros e te tornar dependente. Sabe onde essa história termina? A menina dócil se transformou em uma mulher fria e esperta – e é essa mulher que vai te fazer sentir, em doses muito mais fortes e destruidoras, como é ruim se apaixonar por alguém sem coração.
Ela era uma menina dócil, feita pro amor da cabeça aos pés. Ela tinha sonhos. Era meiga e livre de pensamentos e sentimentos impuros. Ela se apaixonava e se entregava completamente. Ela tinha um sorriso lindo nos lábios, tão sincero quanto o brilho permanente em seus olhos. Ela gostava de receber e retribuir carícias. Essa menina confiou, se entregou, se apaixonou, e se apaixonou, e se apaixonou... e se machucou. Sabe quem é essa menina dócil hoje? É a menina de coração gélido, confuso e vazio, vazio depois de tanto transbordar e não se preencher.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
São duas horas da manhã, o celular ta no silencioso debaixo do travesseiro encharcado. Deve ter chegado alguma mensagem sua, com certeza não vai ter em nenhuma delas o que eu gostaria de ler agora. Você deve ta pensando que eu dormi, ou sei lá, mas não, to aqui e minha cabeça ta aí. É engraçado a capacidade dos nossos membros estarem em lugar diferentes, ao mesmo tempo. Por exemplo, meu corpo ta aqui, estirado numa cama necessitando dormir, minha mente ta passeando em pensamentos sobre você e meu coração, tadinho, no mínimo numa fila de hospital tentando se recuperar dos tombos diários. [30 minutos depois...] Eu não sei o que aconteceu ou o que deixou de acontecer; Eu não sei o que eu falei ou o que eu deixei de falar; Eu não sei o que eu fiz ou o que eu deixei de fazer; Eu só sei que todo o sonho que a gente protagonizou durante quase um mês tem seus dias contados, assim como toda felicidade proporcionada entre a gente... sempre com prazo de validade. Tenho permanecido distante tentando entender o porque de tantas idas e vindas se o que eu realmente quero é a sua permanência, é a nossa permanência. Eu não me entendo, eu não te entendo, eu nunca entendi a gente. Eu não sei explicar porque a gente tem essa tendência a se afastar sendo que, interiormente e de forma tão calada o que a gente sempre quer é estar perto, bem perto, abraçadas de preferência. O fato d’eu me afastar repentinamente me faz pensar pra onde vai a minha necessidade de você durante 24h, durante 7 dias de uma semana de um ano que possui 365 dias. Eu paro pra pensar sempre que eu deito pra dormir, que por sinal é a hora que eu mais desejo você aqui, o quanto eu tenho por perto futilidades e a minha necessidade se mantém tão distante e eu simplesmente aceito. Aceito que ela vá, que se distancie, que brigue, que mude... Mas nunca vou atrás pra dizer o quanto me faço necessitada dessa presença, desse carinho, desse sorriso, dessas atrapalhações, desse jeito único todo errado e todo perfeito ao mesmo tempo. Ajo de forma imparcial e indiferente que mais parece falta – falta de amor, de carinho, de atenção, de preocupação – Mas não tem nada a ver com falta, tem a ver com excesso de amor, excesso de preocupação, excesso de carinho, excesso de querer ver bem... excesso de sentimento e ausência de demonstrações. Eu nunca corri atrás de você, mas espero que depois desse texto que eu sei lá quando você vai tê-lo em mãos, você repense ao dizer que eu nunca disse um eu te amo depois de você dizer um “eu te odeio”, por exemplo. Apesar de eu ser uma negação com demonstrações, acredito eu que com as palavras eu me identifico e me expresso bem... e as vezes através das palavras você encontra tudo o que você tem procurado em vão em dias, semanas, meses ou até mesmo anos. [...] A um mês atrás você, em um texto, me disse tudo o que eu precisava ler pra confortar um desses tombos diários que a vida apronta de forma injusta e surpreendente. Eu não sei qual será o efeito pós leitura desse texto, eu não sei se você vai chorar de alegria ou de tristeza, se você vai rir de felicidade ou se vai rir de ódio... Eu não sei se vou tê-la de volta ou se eu vou tê-la ainda mais ausente. Certa vez li Caio Fernando Abreu dizendo que “amanhã é dia de nascer de novo”, eu só queria poder ir dormir com a certeza de que amanhã nasceríamos uma para outra. Eu só queria recostar a cabeça no travesseiro, respirar fundo e soltar um leve sorriso de canto (assim como solto em todas as vezes que penso em você) ao pensar: Amanhã é uma nova oportunidade de conquistar, novamente, a mesma mulher que tem me conquistado todos os dias. Essa é a paz que eu tanto gostaria de ter e não tenho agora, pelo contrário, to angustiada, confusa, desesperada. Sabe aquele brinquedo de infância que você mais gosta e de repente descobre que tem alguém indo jogá-lo fora? Desespero. É isso que você sente e de repente vai correndo atrás desse brinquedo que pra uns não significa nada, mas que pra você significa tudo. Eu não sei se é insegurança ou medo, mas eu sinto do pé a cabeça esse medo de perder você, e concordo contigo, dói. Dói de verdade. Mas retomando a analogia ao brinquedo de infância indo pro lixo... Quando você descobre que o ‘brinquedo’ que você tanto gosta ta sendo jogado fora e finalmente vai atrás dele, o que você sente é um alívio e uma felicidade indescritível ao tê-lo em seus braços novamente; É isso, justamente isso, que eu quero obter. Essa felicidade indescritível ao te ter em meus braços novamente. Você não sabe o quanto eu queria um abraço apertado agora, daqueles que você sente uma respiração ofegante no pé do ouvido e um frio na barriga daqueles que grita: É ela, é ela, é ela e não há outra. É desse abraço que eu preciso, é dessas sensações que eu preciso, é de você que eu preciso. [...] Eu sei que estou em falta com você, sei que você espera muito de mim e que nem sempre correspondo a todas essas expectativas, algumas voluntariamente outras até mesmo sem perceber. Eu só quero que você tenha a certeza de que eu sinto, e sinto muito. Muito amor por você, minha linda. Gostaria que você tivesse aqui, na minha frente, agora. Mas como você não está, espero que os meus pensamentos te alcancem e o meu “eu te amo” dito mentalmente agora soe como música nos teus ouvidos e como beijo na tua boca. [15 minutos depois...] É complicado quando eu paro pra escrever sobre você ou sobre a gente, parece que a minha mente pensa mil coisas ao mesmo tempo e a minha mão não consegue acompanhar o mesmo ritmo, ou seja, penso muito mais do que escrevo e acabo deixando de falar coisas tão importantes quanto o que já foi dito, mas não me culpe, eu não tenho culpa de amar tanto alguém. E se você descobrir uma maneira de definir ou comentar tudo a respeito de alguém ou de um sentimento, me ensina, por favor... Porque quando eu penso em você, penso em tudo, tudo que vai além de palavras e frases soltas. É muito mais complexo do que um simples texto, é muito mais completo do que um simples texto, é muito mais intenso do que um simples texto, é muito mais profundo do que um simples texto, é muito mais verdadeiro do que um simples texto... É... Amor. É amor e é uma mistura louca de sentimentos que de uma forma tão bonita se unem pra unir e entrelaçar a vida de duas pessoas tão distintas e tão complicadas, mas que juntas, é a forma mais bonita e simplificada do que chamamos de amor. Eu te amo.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
A verdade é que eu desacreditei do amor e dos benefícios que um relacionamento sério e duradouro pode trazer. A realidade é que eu desacreditei que me envolver e me entregar seja uma boa escolha como os músicos e os poetas pregam por aí. A realidade é que a parte doce que existia em mim se tornou amarga - Talvez, bem talvez, ainda exista algo dócil no íntimo mais íntimo do meu eu, mas é só talvez - e o que antes era otimismo se tornou pessimismo em doses extremamente fortes e densas. A realidade é que olhos brilhantes e sorrisos bobos não me convencem, que palavras bonitas e abraços apertados não me conquistam e que me conquistar é mais do que chamar minha atenção ou me surpreender, é me manter interessada todos os dias por uma mesma pessoa, o que não acontece mais. A realidade é que os contos de fadas deixaram de ser histórias fictícias com finais felizes e se tornaram piadas do estilo “stand up comedy”. A realidade é que casais felizes não me emocionam, me enojam. A realidade é que esse papo de eternidade banalizou tanto quanto o “eu te amo”. A realidade, mesmo, é que o amor é bem mais sagaz e feroz do que um simples sentimento, e o pior, mata mais do que câncer e AIDS.
sábado, 21 de maio de 2011
Já que não se concerta coisas bonitas e sim reconstituímo-as, tenho a insistente necessidade de pedir que comecemos agora um processo de reconstituição de tudo o que foi desarrumado, sabe, eu tenho me sentido meio perdida, desencontrada e até mesmo vazia… são essas confusões sentimentais que mexem com meu intelecto que por si só é altamente confuso, volto a repetir, me conceda esse pedido mesmo que eu esteja sempre em posição errada, com pensamentos e atitudes erradas, me permita essa reconstituição, se permita, nos permita essa busca, essa reconquista, esse recomeço… quero todos os “re’s” que possa trazer de volta a felicidade que fazia morada em mim e que se foi, sem despedidas. Eu só te peço pra que fique, se concerte, me concerte, nos concerte. Temos errado muito, é erro seguido de outro erro, eu sei, eu reconheço. Mas quem disse que isso seria fácil? É difícil mesmo, é preciso cometer erros mesmo, é preciso quebrar a cara mesmo, e mesmo. Só não permita que esses erros continuem, porque também é preciso acertos, é preciso presença, é preciso companheirismo, parceria, compreensão, amizade… basicamente, resumidamente, e urgentemente precisamos de um recomeço. Humildemente eu te peço, fique, não permita que um livro seja fechado com páginas em branco e outras meio rasgadas. Fique, porque se toda trama pede o frio na barriga do erro… ele também pede o encanto no olhar do acerto. Eu quero acertar. Eu quero que você acerte. Eu quero que a gente se acerte. Eu quero tudo, mas quero tudo isso com você. Com você.
sábado, 16 de abril de 2011
Somos o resultado das escolhas que fazemos, sejam ou não realizadas sabiamente. É uma realidade inquestionável, nada do que fazemos, falamos, sentimos é jogado num vazio, que se perderá. O que fazemos hoje trará, certamente, conseqüências em algum momento no futuro. Daí a necessidade de repensarmos sobre nossa responsabilidade no que diz respeito a nós mesmos e ao meio em que vivemos. Estamos mesmo plantando árvores que darão bons frutos ou estamos vivendo sem nos preocuparmos com o impacto que as nossas ações podem causar no outro e, hora menos hora, em nós mesmos?
Está na hora de nos assumirmos como protagonistas das nossas próprias histórias e considerarmos que cada dia que nasce é uma nova página do livro da nossa vida que se apresenta. O escritor desta história somos nós mesmos. Somos nós que decidimos o que escrever nela, e se somos nós que decidimos o que fazer, a responsabilidade dessas escolhas é nossa.
Ao pararmos para analisar a nossa realidade jovial, percebemos que vivemos como se o amanhã não fosse existir. Embora desejemos sempre o papel principal, não desempenhamos de fato o que esse papel exige. Somos os protagonistas da história, mas somos passivos ao meio em que vivemos. Somos coadjuvantes e figurantes de uma história que é nossa, e mais, que o futuro depende do que está sendo escrito hoje e que as futuras gerações colherá o que for plantado agora. O que preocupa é que não são apenas os jovens que não se assumem como autores conscientes. Há pessoas que já viveram muitas experiências, mas mesmo assim não entenderam que, por exemplo, se não preservarmos o meio ambiente e não vivermos de forma sustentável, as gerações futuras irá colher os frutos amargos das nossas escolhas e teremos que assumir o nosso erro, já que o mundo em que vivemos é responsabilidade nossa.
Não é apenas dançar conforme pede a música, mas, muito mais do que isto, é se conscientizar de que música está sendo tocada, para não nos deixarmos levar pelos embalos de situações que a médio ou longo prazo irá doer em nós mesmos. Muitos são aqueles que ao serem informados sobre algum problema, sentem-se como vítimas sem ter o que fazer. Outros há que ao serem informados de problemas afins buscam, imediatamente, a melhor forma de contorná-los, de maneira que a força natural de todo ser humano é somada à experiência de cada dia de alguém que, se não vencer, ao menos luta até o final, não descansando até o esgotar de todas as possíveis chances de vitória.
São de pessoas assim que o mundo precisa para ser melhor. Pessoas convictas de que a mudança deve começar nele mesmo, e a partir dele, outras pessoas também mudarão. Uma andorinha só não faz verão, mas se nenhuma andorinha se propuser a começar uma mudança, essa jamais acontecerá. Nunca se ouviu e se viu tanto sobre sustentabilidade como nos últimos tempos, e se fala tanto sobre ela é porque ainda da tempo de mudar e essa mudança só depende de nós.
Segundo Fernando Pessoa: "Qualquer indivíduo é ao mesmo tempo indivíduo e humano: difere de todos os outros e parece-se com todos os outros." Partindo desse pensamento chegamos a alteridade que é a concepção que parte do pressuposto básico de que todo o homem social interage e interdepende de outros indivíduos. Isto significa dizer que a existência do "eu-individual" só é permitida mediante um contato com o outro (que em uma visão expandida se torna o outro a própria sociedade diferente do indivíduo).
Dessa forma, eu apenas existo a partir do outro, da visão do outro, o que me permite também compreender o mundo a partir de um olhar diferenciado, partindo tanto do diferente quanto de mim mesmo, sensibilizado que estou pela experiência do contato. Precisamos do outro para nos constituir como gente, e é esse outro que nos fará crescer a partir da plenitude da sua dignidade, dos seus direitos e, sobretudo, da sua diferença. O que não significa dizer que vamos mudar a nossa essência por completo por causa do outro. Significa dizer que vamos agregar ao que já faz parte de nós, informações, conhecimentos e críticas construtivas que recebemos ao longo da vida para que sejamos pessoas melhores e saibamos conviver bem com as diferenças.
Segundo Frei Beto, quanto menos alteridade existe nas relações pessoais e sociais, mais conflitos ocorrem. Isso significa dizer que se não respeitamos às diferenças, se não as enxergamos como parte fundamental do todo e não as consideramos como complemento importante em um grupo não iremos aproveitar o que o outro tem para oferecer, ao contrário disso, iremos debochá-lo, excluí-lo e até torturá-lo. Para evitar o preconceito e a intolerância e para que haja a disposição na compreensão do outro precisamos, primeiramente, “abrir mão” dos pré-julgamentos e das pré-suposições.
Todas as guerras, sejam elas étnicas, religiosas ou raciais são fruto da intolerância e da falta de alteridade. Nesse mundo moderno e consumista em que impera o valor da identidade e do indivíduo não “sobra” espaço para a alteridade tornando cada vez mais difícil a convivência e a sobrevivência em um mundo cruel. Para vencer os paradigmas da xenofobia é necessário experimentar a alteridade pela via do amor, que não busca exclusivamente os seus interesses, que respeita as diferenças se colocando no lugar do outro e é humilde o suficiente para se doar e dividir o mínimo que se tem. O amor jamais acaba.
Em resposta ao acelerado desenvolvimento sócio-econômico global, o ser humano viu a necessidade de se adaptar às novas rotinas e perspectivas de vida, para manter-se estável socialmente. Não haveria erro algum nesses fatos, exceto quando eles acabam impulsionando o homem a deixar para trás ideais essenciais na vida de todo indivíduo. Devido à desenfreada busca pelo bem-estar econômico, pelo conforto e status, determinados indivíduos se submetem à constante busca pela estabilidade. Valores morais como esperança, sonhos e metas de vida se tornam inúteis, pois, a realização dos objetivos individuais está muito mais ligada à acessibilidade econômica que à esperança.
Já dizia Maquiavel que os fins justificam os meios; a sociedade atual vivencia essa ideologia, pois alguns indivíduos estão de todas as formas procurando realização econômica, independente de quais as formas desta busca. Integridade, honestidade e caráter são fatores de suma importância que estão sendo esquecidos para darem espaço à corrupção e desonestidade. Pessoas que não possuem oportunidades acabam acreditando que sonhos e metas de futuro são impossíveis de serem realizadas, esquecendo de que somos do tamanho dos nossos sonhos.
O desafio do homem moderno é justamente conseguir equilibrar suas metas de vida sem deixar que os valores morais sejam esquecidos. O fator mais importante desse equilíbrio é justamente a manutenção do caráter, para que pessoas de níveis sociais diferentes mantenham ainda esperanças de realização de sonhos, sem deixar que as mesmas sejam apenas ligadas ao desejo de obtenção de lucro ou bens materiais.
Então, o que é liberdade?
Liberdade absoluta não existe, o que existe é uma liberdade restrita. Acreditamos utopicamente na existência de uma liberdade plena que não passa de um paradoxo. Afinal, se liberdade é ausência de submissão porque estamos a todo tempo nos explicando ou temendo uma punição pelos nossos atos? Porque não podemos simplesmente fazer o que queremos, satisfazendo nossos próprios prazeres quebrando as regras? Não fazemos porque não podemos, não podemos viver sem limites. No mundo em que vivemos nada é isolado e toda ação gera uma reação. O ser humano, parte deste mundo, deve moldar a sua liberdade através das regras para que as suas escolhas não atinja o próximo. Liberdade tem tudo a ver com espaço. Se eu sou livre, o outro também é, então temos que encontrar harmonia pra viver bem, fazendo bom uso da liberdade que nos é permitida.Não nascemos livres, já nascemos sujeito a regras. Desde muito pequenos já estamos sujeito a elas, mesmo havendo uma tolerância maior pelo fato de ser uma criança, sempre há um adulto ditando o que pode e o que não pode ser feito. Desde o primeiro dia de vida nos deparamos com os limites e regulamentos que se tornam ainda maiores à medida que crescemos e nos desenvolvemos. Vivemos uma rotina que de forma invisível nos prende e nos faz seguir sempre um mesmo ciclo. Aos poucos nos toma o direito de escolha sobre o que fazer independente das regras que a sociedade impõe. Temos o direito de ir e vir e teoricamente possuímos o direito de falar o que quisermos desde que, fique claro que isso trará conseqüências. O fato de possuirmos o direito de nos expressar não nos garante que seremos entendidos e compreendidos, ou pior, que não iremos sofrer na pele o preço de sermos livres. Somos escravos de um sistema, sistema que é composto por um conjunto de regras e que nos limita pelo fato de admitir que um ser humano seja diferente do outro, mas ainda sim impõe aos mesmos que ajam da mesma forma. Diante de tantas regras e cobranças, vivemos um paradoxo: “A nossa liberdade é o que nos prende.” Nos prende porque a partir do momento que assumimos o nosso direito e resolvemos ser de fato, livres, acabamos nos aprisionando dentro de uma espécie de jaula invisível que pode maltratar, reprimir e excluir caso nos posicione contra ela, sofrendo as conseqüências da nossa própria autonomia. Então, o que é liberdade? É algo que se baseia na escolha? É fazer exatamente o que queremos? Mas aí nos deparamos com um problema: Jogar bombas é liberdade? Sim, infelizmente é liberdade. Mas liberdade não deve significar falta de bom senso, deve ficar claro para todo e qualquer indivíduo que mesmo possuindo o direito de ser livre, ele tem o dever de ser correto. O ser humano não é pleno, não é totalmente independente e não vive isolado em um mundo que lhe pertença. O fato de não sermos plenos e dependermos sempre de algo ou de alguém que nos permite afirmar que não somos inteiramente livres, sempre teremos regras, mas em contrapartida sempre teremos escolha. E se liberdade tem tudo a ver com escolha e com espaço, basta que você satisfaça seus desejos, sem extrapolar nas escolhas e sem invadir ou prejudicar o espaço do outro. Assim você poderá possuir a liberdade, que mesmo condicional, é sua.
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. [...] Todo mundo é composto de mudança.” O tempo vai passando e mesmo com a permanência de algumas características, mudanças acontecem o tempo todo. Nota-se mudança nas pessoas, no seu modo de pensar e conseqüentemente de agir. As vontades de hoje não serão as mesmas de amanhã e os desejos de ontem são completamente diferentes dos de hoje, mesmo que haja alguma semelhança. Até mesmo sonhos que julgávamos eternos passam a não fazer mais sentido, e mais do que isso, nos provoca o riso ao relembrarmos deles. Quando nos deparamos com um ciclo de mudanças diárias, nos perguntamos: O que muda são as pessoas ou o contexto? As mudanças ocorrem em diferentes vertentes: na comunicação, nos interesses, no gosto musical, nas idéias, nas prioridades, nas influências, no modo de se vestir e no modo de pensar que está diretamente ligado ao modo de agir. Passam-se os anos e os valores também vão se transformando. A disparidade entre o adulto e o jovem atual causa um conflito entre gerações e elas não conseguem se entender. O jovem inquieto e fugitivo da monotonia se ver atraído sempre por novidades, possuindo alta capacidade de se adequar rapidamente ao que se modifica continuamente, e se adéqua sem perceber, praticamente. Já o adulto, geralmente mais centrado, responsável e medroso, conseqüência do aprendizado com os erros cometidos em uma época na qual eram cabíveis erros não entende e ri do jovem atual, julgando-os como fúteis e inconseqüentes. Mas, independente da geração, qual o jovem que não é fútil e inconseqüente? É característica do jovem, independente da época que nasceu e viveu ser inconseqüente, fútil, inovador, revoltado e confuso. Não há dúvida de que as coisas mudam o tempo todo, mas resta sempre uma dúvida sobre onde acontece essa mudança. Os adultos defendem a tese de que os jovens atuais são fúteis e inconseqüentes, esquecendo o fato de que também já foram jovens. Enquanto os jovens riem dos adultos por achá-los caretas e medrosos, esquecendo que um dia eles também serão adultos. Afinal, o jovem sempre caçoa das modas do passado, mas segue rigorosamente a moda atual, que um dia o tornará motivo de piadas também. É uma ação cíclica, as pessoas vão trocando de posição, mas os fatos se repetem. O adulto de hoje foi o jovem de ontem, e o jovem de hoje será o adulto de amanhã. Quanto às mudanças, elas resultam do contexto onde o adulto e o jovem estão inseridos, que interfere diretamente nos seus pensamentos e ações. Mas mesmo com todas elas acontecendo diariamente, o jovem será sempre jovem, independente da época em que se viveu.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
O errado que deu certo.
É irônica a relação estabelecida entre nós, afinal, como pode dar certo algo que já começou errado? Eu não te conhecia, nem o seu nome completo eu sabia. Não tinha muita certeza sobre a sua idade, e não fazia a menor idéia de qual era a sua cor preferida nem do que você mais gostava de fazer nas horas vagas. Foi nesse contexto de total desconhecimento que eu me desconheci me apaixonando perdidamente por você. Logo eu, logo você, logo nós. Eu estava bem sozinha, meu coração desocupado vivia em tremenda paz, mas... quem gosta de viver em eterna paz? É o conflito, é a dúvida, é a aventura, é o friozinho na barriga que torna a vida interessante. Você foi o conflito, você foi a aventura, você foi o friozinho na barriga, você foi a mão gelada, você foi as pernas tremendo, você foi o sorriso involuntário, você foi o desejo inconsciente, você foi a vingança planejada, você foi a brincadeira mais séria que me aconteceu. A única coisa que você não foi, foi a minha dúvida. Eu sei, na verdade sabemos, que o desejo inicial não era que vivêssemos um conto de fadas e sim que vivêssemos o lado negro do jogo do desejo. Mas desde o primeiro momento, mesmo sem perceber, você foi a certeza de que era nesse perigo que eu queria me entregar. Eu queria ganhar esse jogo, eu queria dar e retirar as cartas quando eu bem quisesse. Quanta ingenuidade... Só quem nunca se deu ao desfrute do amor que não sabe que não conseguimos negar a nós mesmos um novo amor, uma nova paixão. Só quem nunca se viu completamente dependente de alguém que diz ser fácil controlar por quem seu coração bate e por quem a sua mente viaja e faz tantos planos enquanto a sua boca corresponde a todos eles com aquele sorriso pelo canto da boca que tantas vezes pode vir acompanhado de lágrimas. Era perigoso demais, tinha tudo pra dar errado e ainda sim eu embarquei nessa loucura, não, eu me joguei de cabeça nessa loucura. Afinal, os loucos vivem pouco mais vivem como querem e eu decidi viver o que eu queria, e o que eu queria era você. [...] Como em todo relacionamento os primeiros meses foram incríveis, o único pensamento era você, na verdade, meu mundo era você. Graças a minha puta sorte no amor me deparei com o maior obstáculo que eu poderia enfrentar, e você sabe qual foi. Veio como uma tempestade, e como toda tempestade, mesmo quando ela passa, seus estragos continuam ali. Para reparar os danos de uma tempestade é necessário muito mais do que tempo, é necessário paciência. Recomeçar é muito mais difícil que começar, mas é necessário, na maioria das vezes. [...] Como eu disse... Como pode algo que começou errado dar certo? Dando! Porque depois e apesar de tudo aqui estamos nós, recomeçando dia após dia. O recomeço é árduo, doloroso e muitas vezes desistir parece ser a melhor escolha. Mas porque desistir de algo que achamos que vale a pena? O amor vale a pena, toda e qualquer forma de amor sempre vale a pena. Se o amor é eterno? Bom, eu precisaria viver toda uma eternidade pra responder, mas que ele é inesquecível isso ele é. E se dói conviver com mentira, traição, distância, ciúmes possessivos... dói muito mais não conviver com quem o nosso coração teimoso e imbecil escolheu pra amar. CANALHA, minha razão tortura insistindo em te chamar assim e o meu coração não só te chama, mas suplica: Não se vá. Eu quero. Eu preciso. Eu sonho todos os dias com você aqui. Onde já se viu o amor ouvir a razão? Nem em filmes isso acontece. O amor que insiste em permanecer vivo e crescente em mim ouve o meu coração que te chama e repete suavemente: Eu te amo, te amo, amo... [...] Eu não vou negar que o desejo de jogar tudo pro ar, de chutar o balde e fazer talvez a coisa realmente certa vem a tona sempre que eu me deparo com um motivo para desistir. E se eu não desistir ainda é porque eu ainda acredito em nós. Acredito em nós toda vez que o meu coração volta a bater assim, como agora, acelerado por relembrar dos momentos que são só nossos. Ou toda vez que eu te vejo e só te olhar não é o suficiente, que a real vontade é de esquecer do mundo a volta e te abraçar, te beijar, como se fosse a primeira vez. Ou até mesmo quando eu acordo no meio da madrugada com uma mensagem, dessas bem bobas, mas que arranca o sorriso mais sincero de uma eterna apaixonada... São detalhes, as vezes mínimos e talvez imperceptíveis pra muita gente, mas são eles que fazem a diferença. Você continua fazendo a diferença. Passaram-se mais que dias, passou-se um ano e aqui estou, mesmo distante, inconstante e diferente, estou aqui, inteira. Inteira e inteiramente dependente, usando as palavras como meio para solidificar sentimentos tão internos para quem sabe assim, externar o meu desejo de te ter sempre por perto, de te ter por completo, pra esfregar na cara do mundo que a gente pode dar certo. Eu quero mais de mim, eu quero mais de você, eu quero mais de nós. E se existe um nós, é porque não existe um eu sem você, e nem você sem um eu. Somos nós, e assim será. Até que a vida nos exija um novo recomeço, e mais uma vez, recomeçaremos... como se fosse a primeira vez.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Teu mistério, meu desejo.
Me pego pensando em você sempre que penso em alguém e me questiono se isso é normal. Você que me lê agora, já parou pra pensar o quanto é engraçado quando alguém aparece meio que do nada na sua vida e de repente ela toma conta de um lugar talvez nunca ocupado e se torna mais que especial na sua vida... Se torna essencial? É tão contraditório esse tal de amor que todos almejam encontrar... Sabe porque? Porque ele só vem quando desistimos de encontrá-lo. O amor gosta de nos surpreender e nascer de onde jamais esperaríamos qualquer sentimento. Eu sempre fui intensa, intensa demais. Me conheço bem, mas mal sei o que quero. Confesso que eu já tinha até desistido, e pior, eu tinha me acostumado. Me acostumado com essa monotonia, essa estagnação amorosa onde nada mais me surpreendia ou me motivava. Apesar de tudo, o destino sempre foi cordial comigo e de maneiras inusitadas sempre preenche meu caminho de novidades. Você apareceu! Mas peraí, você? Você que eu sempre desejei calada. Você que eu me peguei várias vezes pensando e até sentindo ciúmes? Eu nem sabia o teu nome, mas você já perturbava a minha mente. Agora eu tenho você aqui, mais perto do que eu pensava, te tenho dentro de mim... Vedada no meu coração. Te tenho como a minha maior conquista. Te tenho como motivo da minha felicidade sincera. Te vejo como a parte mais bonita encaixada sob mim. Eu tentei evitar, juro, eu briguei comigo e com esse meu coração teimoso. Briguei porque sempre escolho o caminho mais difícil e complicado, mas fazer o quê, se é essa tua dificuldade que me intriga e me prende nesse mistério do teu olhar. E o que falar do teu sorriso? Que tanto me atrai, que tanto me chama e é impossível não notar no sorriso que eu sorrio ao te ver sorrir. Eu sempre quis, mas não esperava que você um dia fosse minha. Eu sempre desejei, mas nunca imaginei ouvir um “Eu te amo” seu. Eu sempre esperei, mas nunca achei que você chegaria tão perto. Eu sempre, sempre... Sempre sonhei com o gosto que os teus lábios devem ter, e quero tanto prová-lo. Mas não é só isso que eu quero, eu quero mais. Mais de você, mais de mim, mais de nós. Eu quero mais que um eu te amo, eu quero mais do bem que a tua presença me faz. Quero possuir mais e mais a tua mente e o teu coração para que não reste dúvidas de que eu e você podemos ser um só e eu não vou te decepcionar. Quero tanto ser alguém ideal. Quero ser alguém que você possa contar, alguém que você possa confiar de olhos fechados. Quero ser alguém que esteja contigo pra rir e pra chorar. Alguém que você queira ter por perto e que nunca enjoe. Alguém que te prove que o amor vale a pena e que se entregar pra mim é se entregar pra felicidade. Quero tanto, e quero mais a cada dia que passa... Quero cada milímetro de você. Quero conquistar cada centímetro que te completa. Você é tão confusa que chega a me confundir, só nunca esqueça que esse coração que pulsa em mim, bate e vem batendo por você. Não tenha medo, não tenha medo de ser feliz. E por favor, me guie e me ensine o caminho mais eficaz pra conquistar esse coração tão misterioso e solitário.
sábado, 29 de janeiro de 2011
Aqui estou, sangrando.
Era um sentimento assustador, essa sensação do meu peito estar sendo destruído. Sinto meus órgãos vitais ficando cada vez mais lentos e imploro para que não parem de funcionar. Enquanto eu sofro, enquanto a ficha cai e eu percebo o quanto fui enganada e o quanto eu sofri por uma mentira durante todos esses anos sinto meu coração em trapos, com cortes cada vez mais profundos, e toda e qualquer lembrança desse passado que me fez tão bem e que hoje me faz tão mal faz com que cada corte me destrua por dentro. São dores que matam, que doem e que não passam, mesmo com a passagem do tempo.
Insensato coração.
É incrível como o tempo passa devagar quando a tua presença seria a unica coisa que salvaria o meu dia. Tenho a sensação de que quanto mais eu te quero, menos eu te tenho. É uma relação baseada em desencontros diretamente proporcionais. Eu te busco, eu te chamo, eu te amo. Você foge, ignora e é indiferente, só se importa com os próprios sentimentos. O pior de todo esse caos sentimental é que eu sinto a sua falta, e tenho necessidade de você. A sensação que eu tenho é a tradução daquela música "Te ver, e não te querer, é improvável é impossível..." Porque enquanto você está longe e o meus olhos não te alcançam, eu consigo controlar meu coração que deseja o teu pra completá-lo. Mas basta você reaparecer, o mínimo de você já é o suficiente pra todo esse amor insano voltar e me possuir por completa, sem chances de cura imediata. Você sempre some, você sempre foge e do nada volta, volta pra tomar posse do que sempre foi teu. Ó meu Deus, por quanto tempo será assim? Por quanto tempo suportar essa mudança comportamental? Eu já não sei o que você quer e queria tanto não me importar com suas escolhas erradas. Mas eu me importo, me importo e sofro a cada passo errado que você dar. A cada decisão de contra-mão que você faz e a cada beijo que você distribui por aí. Eu sinto você chegando e partindo todos os dias, isso me destrói. Porque você insiste em iludir? Isso pra mim não é amor, e se for, por favor, não quero mais ter um coração. Eu te esperei por tanto tempo, por toda vida, e agora que eu te encontro... É isso? Eu não acredito que passei uma vida esperando por tão pouco. As coisas não vão indo bem pra você, não é mesmo, pobre coração? Mas isso é mais culpa tua, coração, porque escolher alguém assim para amar? Talvez a culpa não seja desse meu insensato coração, seja desse alguém que chega mandando e desmandando em mim. Na verdade, eu não sei. Não sei nem se há motivo de culpa nessa história, só sei que ando masoquista o suficiente para admitir que eu não consigo viver sem você e as melhores partes do meu dia, são as que você está presente.
Unica.
Manhã fria, vazia. Na cama, solitária, grito por você. Mais uma vez você invade os meus sonhos e outra vez eu acordo desejando a tua presença tão ausente. O que eu fiz pra você partir assim? O que houve pra você mudar de planos e decidir viver sem mim? Te quero comigo, quero agora e quero tanto. Meu corpo exausto, meus olhos aflitos, meu coração carente. Todos os meus sentidos suplicam pela tua volta. A saudade me invade a cada amanhecer e eu te procuro nas minhas lembranças e lá está você, intacto em mim. Inalcançável, você se distancia cada vez mais, cada passo que eu dou ao nosso favor, você dar um contra. É como se eu te procurasse e você se escondesse, fugisse. Porque não me ouve? Porque não esquece essa ideia de partir desistindo de tudo e entende que eu posso ser a unica, a unica que pode te fazer feliz.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Choro.
São lágrimas, as lágrimas mais doloridas escorrem pelo meu rosto agora. Não, são mais que lágrimas, são cortes… Cortes profundos que perfuram a alma, e dói - rasga o meu peito - e dói. Eu sempre me senti forte, esse meu instinto protetor faz com que eu me sinta tão segura e tão dona de mim e agora me vejo aqui, despedaçada, fracassando e desistindo. Vejo-me caída, em prantos, com dores tão profundas que mais parece o fim. Não, não pode ser, não é agora, não é a hora… Eu tento, sim, eu tento me levantar mas a dor insiste em me derrubar. Eu paro. Eu penso. Penso, penso (…) E novamente choro, sinto cada lágrima rasgando o melhor que há guardado dentro de mim e isso me machuca. Você está surpreso? Essa sou eu, frágil, insegura e confusa. Essa sou eu, perdida e vulnerável. Essa sou eu, que amei mais que a mim a melhor e a pior mentira da minha vida. Essa sou eu, que chora, que sangra, que grita e deseja paz. Mas paz, onde está você? Porque se escondes? Não vê que é de ti que eu tanto preciso? Ela não me ouve, ela não vê, enquanto isso eu choro… Eu choro, e choro cada vez mais.
Minha história, meus personagens.
Todas as noites antes de dormir tenho pensado em como uma vida pode mudar em poucos minutos. São tantas coisas acontecendo, tantas descobertas e tantas mudanças que na minha cabeça o que se passa é uma espécie de filme onde cada cena possui seus próprios personagens. Os personagens que compõem esse meu roteiro fantástico são múltiplos e todos eles são personagens principais onde eu mais pareço uma personagem secundária já que são eles que mandam e desmandam no que acontece nessa história. Cada um com as suas singularidades me completam e me modificam. Em cada um desses atores da vida real encontro um pouco de mim e me apaixono por cada partícula na qual eu me identifico. Eu me entrego a todos eles não somente pelo o que eles são, mas principalmente pelo o que eles me fazem ser. São tantas pessoas, tantos encontros, tantos sentimentos, tantos desejos que tenho essa sensação estranha de que sou várias em uma e que não caibo mais em mim. Sou tão intensa que me entrego de corpo e alma para todos os personagens que me atraem e não me peçam para escolher um deles, porque eu não conseguiria, nem quero. Eu extraio o melhor de cada um deles transformando essa junção de peculiaridades a sensação mais afrodisíaca e excitante que motivam e alucinam a minha vida, dia-a-dia. Me sinto completa assim, quando tenho todos os que eu quero e esses todos se tornam o meu todo. E assim eu vou vivendo, uma divina trama de romances e suspenses.. Aproveitando o melhor que a vida me oferece e me entregando pro meu próprio reflexo. Vivendo na extrema intensidade de uma vida de vários e eternos amores. De mudanças, de desejos, de sentimentos quentes que me queimam por dentro. Sentimento e desejo, coração e razão andando de mãos dadas em busca desse tal de amor.
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